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A experiência Facebook

 

Eu já fiz críticas severas ao mundo encantado de Alice criado por Startups megalomaníacas e por uma parcela da geração Y , que se encontra perdida e portanto vulnerável ao primeiro charlatão do empreendedorismo que aparece pela frente.

Mas chegou o momento de ser absolutamente justo com a VERDADEIRA geração Y – aquela que usa sua competências para ganhar dinheiro, criar uma identidade e principalmente mudar o mundo produzindo riqueza, pois é assim que se salva a humanidade.

Eu passei um tempo no QG do Facebook no Brasil conhecendo toda estrutura e procurando entender  o dia a dia dessa geração. No final da visita, um amigo perguntou: e ai, o que você achou , era o que você imaginava?

Então, decidi compartilhar essa experiência fantástica com vocês.

Foi realmente mágico palestrar para o Facebook Go aqui no Brasil, não apenas pelo tamanho da empresa, mas principalmente por respirar o mesmo ambiente de jovens tão talentosos, eu me sentia numa ilha de excelência, os melhores estavam ali.

O prédio com design moderno já é um cartão de visitas. O QG do Facebook ocupa 2 andares inteiros, logo acima fica a APPLE. Dá pra imaginar a potência intelectual desse lugar?

Na recepção você tem uma tela grande passando um vídeo institucional bacana falando do estilo Facebook e como a plataforma vem moldando nos últimos anos o jeito que nos comunicamos, além de vídeos falando dos produtos e serviços que são comercializados.

Legal mesmo foi cadastrar meu nome usando meu próprio usuário do Facebook. Todo visitante precisa ser trazido por alguém, minha visita foi acompanhada todo o tempo pelo meu amigo Wesley, líder de mercado do Facebook, ele não poderia me deixar sozinho no QG, tinha que me acompanhar, achei estranho, mas entendi depois que tudo gira em torno da segurança.

Os segredos do Facebook são trancados à 7 chaves e essa é uma das premissas básicas para quem deseja trabalhar naquele lugar – algumas coisas são proibidas de falar até para seus parentes, exagero? Pode ser, mas qual é mesmo o valor de uma informação?

Já no interior do prédio a decoração tem obras de  artistas de vários lugares do mundo, mesmo com as belíssimas artes – eu gostei mesmo de passar um bom tempo olhando as mensagens escritas deixadas pelas pessoas no que eles chamam de FACEBOOK WALL

Você pode até ser cético como eu, mas realmente aquele quadro com centenas de mensagens diferentes de várias pessoas do globo terrestre passam uma energia indescritível.

Se eu deixei meu recado? Claro, muito simples: #QUEBREABANCA

Nos corredores, frases de efeito que me deixaram arrepiado – ‘move fast and break things’ ( mova-se rápido e quebre as regras) ou ‘you gotta spend money to make money’ (gaste dinheiro para fazer dinheiro).

Com essas frases você cria imediatamente uma linha que separa jovens perdidos,  de pessoas que realmente sabem o que querem. Não por acaso, o sujeito que me contratou para palestrar tem 29 anos e é simplesmente responsável direto pela operação de vendas do Facebook Go para toda América Latina.

Achei o refeitório o ponto alto , juro que não é porque eu gosto de comer, mas pelo simples fato de você observar que não existia economia, geladeiras repletas de bebidas, energéticos, picolé, comidas de boas marcas e uma equipe inteira à disposição dos funcionários. Mimo ou mérito?

Eu imaginei: cara , é tanta abundância que não sei como as pessoas não levam esse monte de comida pra casa, mas logo percebi que as pessoas escolhidas para trabalhar ali já carregam valores parecidos com o da empresa, não existe espaço para amadores ou para gente que pensa pequeno.

Mais assustado ainda eu fiquei quando vi uma máquina com carregadores, pilhas, adaptadores de MAC e outras ferramentas, estava tudo ali , absolutamente de GRAÇA e disponível para todos que estivessem precisando.

O sentimento de pertencimento à cultura faz com que você pense coletivamente, ou seja, o desperdício afeta diretamente a empresa e consequentemente eu serei atingido. Quando empresas conseguem criar essa cultura – nada é capaz de detê-los.

Você também quebra alguns modelos mentais quando de fato visita lugares assim, por exemplo: a mesa mais decorada era do meu amigo Renan e do meu parceiro Wesley, com seus bonecos de ação e sua cadeira verde escalafobética, todo o resto parece com um escritório comum decorado com bom gosto, bem diferente do “circo”, que eu imaginava descobrir, com lagartos, homens cuspindo fogo e dançarinas.

Acredite, mesmo o FACE sendo totalmente diferente das empresas tradicionais, os próprios brasileiros, que ironia, acham o QG um pouco careta.

Você presencia reuniões acontecendo em todos os lugares: na recepção, nas salas com hora marcada, no refeitório, não existe padrão ou regra, você faz a reunião focado no negócio e pouco está se lixando para formalidades. Sabe aquele lance do chefe utilizar a sala de reunião e mandar todo mundo sair? Esqueça, chefe entra na fila pra esperar sala vazia e fazer sua reunião.

Globalizados – Riqueza mesmo é num simples passeio pelo prédio você ouvir vários idiomas sendo falados em uma mesma reunião, é como se o mundo inteiro estivesse ali , é a tal da globalização em tempo real. Eles fazem isso de uma maneira tão natural, que você imagina: “como eles conseguem fazer isso tão jovens”? Mas essa é uma das vantagens da geração Y – a capacidade de aprender muito mais rápido do que qualquer geração anterior.

Horários – você não vai ver cartão de ponto e nem ninguém cobrando horários. Essa liberdade de se trabalhar parte na empresa e parte em casa é muito boa, mas não ache que isso é feito apenas para agradar – todos têm suas metas e seus objetivos a cumprir com prazos bem delimitados. Eu adoro isso, porque você direciona o foco para o intelecto e na produtividade, cobrando menos a enfadonha presença física e suas benditas 44 horas semanais.

O ambiente físico é no estilo OPEN SPACE, sem divisórias e todas as mesas são iguais, se tem algum chefe ali você não vai conseguir perceber. A hierarquia não parece ser importante como na maioria das empresas tradicionais.

Sobre roupas, a informalidade predomina, as pessoas não valorizam você por suas vestes e sim por suas ideias – claro que isso não pode ser aplicado em Wall Street por exemplo, mas é muito interessante quando você vê de perto um conceito não convencional funcionando tão bem.

No final, após esse banho de cultura inovadora eu percebi que a filosofia do Facebook é mais ou menos assim: você está entre os melhores, por isso lhe daremos tudo do bom e do melhor, mas também cobraremos sua máxima performance.

Fabricio, então você está me dizendo que a partir de agora todas as empresas devem seguir o modelo Facebook? Não, seria leviandade da minha parte. Existem várias formas de ganhar, o modelo Facebook é mais uma forma de ganhar e ser apreciado por todos que ainda não o conhecem de perto.

Também não vejo a geração Y como um modelo a ser seguido por todos, afirmo que as gerações são complementares e não excludentes.

Eu sou geração X e a melhor equipe que eu já comandei na vida era composta 90% de geração Y. Obtivemos resultados extraordinários é verdade, mas sempre lidava com problemas inerentes dessa geração, tais como: necessidade de elogio constante, falta de foco,  mania de superestimar suas competências e a falta de resiliência para segurar a onda e entender o jogo político das empresas.

Mas como diria meu pai: ”não existem pessoas perfeitas, existem pessoas com saldo”.

O FACEBOOK e sua VERDADEIRA Geração Y têm o maior SALDO do planeta terra.

 

 


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